O que é inventário? O seguro de vida faz parte deste documento?
Você sabe o que é inventário? Entenda como a divisão de bens funciona e se o seguro de vida faz parte desse processo burocrático!
04
de
August
,
2021
Saber o que é inventário é fundamental para agilizar esse processo burocrático e ter acesso à herança quanto antes.
A morte de um familiar é um momento difícil, especialmente para os herdeiros, que precisam lidar com diferentes trâmites para acessar o patrimônio e suporte financeiro.
Nesse caso, entender como essa operação funciona ajuda a adiantar as etapas mais complexas, e encontrar alternativas que agilizem o pagamento.
Por isso, confira o que é inventário, como ocorre essa divisão na justiça e quais as principais formas de realizar o levantamento dos bens.
O que é inventário?
O inventário é um procedimento obrigatório que deve ser feito assim que uma pessoa falece. É por meio dessa operação que os responsáveis realizam um levantamento dos bens deixados pelo falecido.
Durante esse processo ocorre a identificação de patrimônios, eventuais saldos em banco, ativos financeiros e outras aquisições.
Além disso, também existe a identificação de dívidas, financiamentos e empréstimos que a pessoa deixou para seus herdeiros.
Saber o que é inventário é importante entender como ocorrerá a divisão da herança, como os valores são determinados e o que integra a partilha prevista por lei.
Qual a importância do inventário durante a partilha de bens?
O inventário é uma etapa fundamental na partilha de bens de uma pessoa falecida. Sem ele, não é possível levantar todos os bens e direitos deixados pelo falecido, impedindo a divisão da herança.
É somente com esse procedimento que os responsáveis identificarão os herdeiros e qual é a proporção que cada um tem direito na partilha.
Além disso, é durante essa avaliação que se define os valores dos bens, algo essencial para a divisão ser justa.
Por isso, é essencial entender o que é inventário antes da partilha, para regularizar os bens do falecido e transferir todas as titularidades de forma legal e definitiva.
Ainda, vale lembrar que a realização desse processo é obrigatória por lei e, caso não seja feito, pode gerar prejuízos para os herdeiros, além de possíveis sanções legais.
Como funciona o inventário?
Após o falecimento, os responsáveis pelo inventário, podendo ser os herdeiros, o funcionário do cartório ou advogados, iniciam a avaliação dos bens em nome do titular.
Durante esse período, está proibida qualquer transação com um item do patrimônio. Por exemplo, não é possível vender imóveis ou transferir saldos em conta bancária.
Ocorre um bloqueio dos bens do falecido, para proteger todos os herdeiros, e a recuperação ocorre apenas ao final da partilha.
O responsável, com o apoio dos familiares e outros dependentes, avalia todos os bens listados, e traça a sucessão patrimonial.
É possível realizar esse processo de maneira amigável, ou com a presença de advogados, que orientam os interessados por meio de uma procuração.
Quais os principais tipos de inventário?
Para entender o que é inventário, vale a pena conhecer os principais tipos que podem ser solicitados pela família e herdeiros. Conheça mais detalhes abaixo:
Inventário judicial
O inventário judicial é aquele que ocorre quando existe a necessidade de intervenção do Poder Judiciário para ser feita a partilha de bens deixados por uma pessoa falecida.
Nesse caso, é essencial contratar um advogado para representar os herdeiros e conduzir o processo judicial.
Inventário extrajudicial
Enquanto isso, o inventário extrajudicial é uma opção mais rápida e menos custosa, que pode ser utilizada quando não há conflito entre os herdeiros e todos são maiores e capazes.
Assim, a partilha dos bens ocorre diretamente em cartório, sem a necessidade de um processo judicial.
Inventário negativo
Ainda, existe o inventário negativo, realizado quando os herdeiros são notificados pelo cartório para realizarem o inventário, mas constatam que não existem bens a serem partilhados.
Em outras palavras, a pessoa falecida não deixou herança, e os dependentes precisam apenas assinar uma declaração formal informando a inexistência de bens e dar baixa no registro de óbito do falecido.
Quanto tempo demora para o inventário ficar pronto?
O tempo necessário para um inventário ficar pronto pode variar, com intervalo entre 45 dias a 6 meses.
Isso porque depende de uma série de fatores, principalmente o tipo de processo aberto e a complexidade do caso.
Partilhas extrajudiciais podem ficar prontas em alguns dias, mas ações que envolvem o Judiciário levam meses até a resolução.
Além disso, um número elevado de bens também atrasa a finalização do inventário, e pode dependem da colaboração dos herdeiros, dos advogados e dos especialistas envolvidos.
Como é um processo de abertura de inventário?
Após o falecimento, os herdeiros ou dependentes acionam um profissional para começar o processo. Nesse caso, é importante entender o que é inventário e como ele funciona, para agilizar o levantamento.
Caso os herdeiros estejam em consenso e colaborem com a operação, a identificação dos itens ocorre mais rapidamente.
Se a opção de partilha for extrajudicial, basta encaminhar os documentos para a perícia do cartório e aguardar o retorno.
No entanto, processos judiciais demandam a contratação de um advogado, que monta a procuração para seguir em nome dos interessados.
Segundo o Código de Processo Civil (CPC), em seu artigo 611, a abertura do inventário deverá ser realizada em até 60 dias após o óbito.
A abertura do processo é simples, mas a conclusão pode ser demorada, dependendo do tipo de inventário e da colaboração dos herdeiros.
Como fazer um inventário
Após entender o que é inventário, existem alguns passos simples para realizar esse procedimento.
Existem algumas particularidades, dependendo do formato, mas, na prática, os passos incluem:
- Contrate um advogado;
- Faça o levantamento dos bens;
- Avalie as dívidas e impostos;
- Define quem são os herdeiros;
- Realize a divisão dos bens conforme as proporções;
- Transfira as titularidades;
- Encerre o processo.
Podem existir outras exigências segundo o modelo escolhido, mas as etapas básicas seguem esse procedimento.
Seguro de vida entra no inventário?
Um dos benefícios do seguro de vida é que ele não entra no inventário. Isso significa que a apólice deixada pelo titular não precisa entrar no processo de partilha convencional.
O contrato já possui os beneficiários diretos, que devem ser notificados para solicitar a indenização conforme as coberturas.
Coberturas como doenças graves podem ser solicitadas em vida, e também não entram no inventário.
Caso não existam dependentes listados, a lei determina que os valores sejam pagos 50% para o cônjuge não separado judicialmente e os outros 50% para os herdeiros legais. No entanto, o procedimento é mais rápido e simples de ser concluído.
Fazer o inventário é obrigatório?
Sim, o inventário é obrigatório por lei, e os herdeiros do falecido devem realizar todas as etapas para receber os itens na partilha.
Essa é uma forma de organizar o patrimônio e propor uma divisão justa para todos os dependentes.
No entanto, o procedimento pode ser burocrático, e, por isso, é importante entender o que é inventário e como ele funciona, para agilizar as etapas.
Além disso, considere proteger seu patrimônio com um valor que não entra na partilha, como seguro de vida, que agiliza o pagamento para os seus entes queridos.
Faça a sua simulação e descubra qual é a melhor alternativa para trazer mais tranquilidade para os seus herdeiros.